Sozinha nesse deserto de sentimentos, eis que diariamente crio
forças e revivo em mim. Não há sol que me mate, não há falta de chuva que me
preocupe... Com o tempo, aprendi a me adaptar a esse mundo louco.
Dia após dia, escondo-me atrás de minhas agulhas em uma eterna luta pela sobrevivência. Sou espinhos
de cima a baixo, mas não se assuste, não tenho a intenção de te magoar. É só
que depois de muito apanhar da vida, aprendi a me proteger. Às vezes até
mesmo dos meus próprios sentimentos.
Tempestade de areia atrás de tempestade de areia, me fortaleço. São tempos difíceis, mas permaneço de pé, firme e forte, pronta para enfrentar mais um dia ensolarado.
Sobrevivente dos contratempos da vida, não sou a mais bela das rosas ou qualquer outra flor de jardim... Sou cacto. Ser simples, símbolo de resistência, que aproveita cada lágrima como a mais bela experiência de vida. E nisso insisto, persisto, sobrevivo.