O projeto 16 on 16 continua firme e forte, e o tema desse mês é bem amorzinho: cartas! <3
Essa carta já é a décima quinta que te escrevo hoje, e
acredito que fará companhia para todas as outras que foram parar na cesta de
lixo. Eu gostaria de ter um jeito de saber sobre a sua vida sem parecer tão...
Intrusa. Afinal, foi isso que me tornei, não é? Uma mera estranha que um dia
por acaso passou na sua frente.
Como anda a sua vida? Conseguiu a felicidade que tanto
buscava como se fosse algo palpável que um dia você encontraria no final de
algum arco íris qualquer? Encontrou o amor da sua vida, aquele dos livros que
você suspirava só de imaginar? Encontrou seu lugar nesse mundo, já que você afirmava
de pé junto que aqui não era o seu? São
tantas perguntas presas aqui dentro. Tantas palavras que nunca saíram da minha
boca e que agora me sufocam todas as noites.
É madrugada. Nossa música começa a tocar na rádio. Eis que
uma dor avassaladora surge no meu peito, e me consome por inteira. Seu número está logo ali perdido no meio da minha agenda. É tarde para te ligar? Hesito ao lembrar que prometi sumir da sua vida. Sempre foi tarde demais. E nisso
explodo. Choro. Grito. Espanco o travesseiro em uma inútil esperança de
entender esse sentimento sem sentido algum.
Por que diabos ainda sinto tanto? Por que você não some da
minha vida de vez assim como todos os outros? O que fiz de tão errado para
merecer ter essa cicatriz eterna no lugar em que um dia já ficou o meu coração?
Por favor, devolva-me, ando precisando dele para tentar dar um jeito na minha
vida. Anda tão difícil seguir em frente sem você.
Os dias não passam, sinto-me presa em um loop eterno. Sem
ter dado meio passo para frente ou para trás, permaneço no mesmo lugar em que você
me deixou. Eu até tento sair, eu juro. Às vezes surge alguém, e eu chego a
pensar que finalmente me verei livre de você. Mas é muita pressão em cima de todos. Você sempre volta, não importa o que façam ou falem.
Não bastava ter ido embora, você me deixou completamente bagunçada e nunca voltou para guardar as coisas no lugar. Graças a você, não passo de um corpo vazio com poeira e
enormes teias de aranha no peito. E nisso sempre
desistem. Sempre.
Não deixe de ler o post das outras blogueiras!
Não deixe de ler o post das outras blogueiras!
Eu to onde? No chão, que texto triste e lindo... Passa uma emoção que transborda entre as palavras *-*
ResponderExcluirSe agente pudesse embolar os sentimentos e jogar fora como se faz com os papéis sera tão mais fácil, não é mesmo? ótimo texto.
ResponderExcluirMa-ra-vi-lho-sa!
ResponderExcluirComo assim? Aff, odeio essas pessoas que fazem pessoas boas se sentirem mal. Tem que fazer dar certo, tem que tentar.
Se for contigo (se o texto for pessoal) mais ainda.
Abraço malinda! <3
www.almadepipaavoada.com.br
Estou chorando.
ResponderExcluirDefinitivamente, esse dia não tá bom.
Nem tenho palavras, porque você já as escreveu nesse texto.
Só posso dizer: obrigada.
Love, Nina.
http://ninaeuma.blogspot.com/