Entre o amor e o ódio, reviro na cama enquanto revezo as músicas no meu celular. Nenhuma serve para
descrever o que sinto. Nenhuma basta para resumir o que eu gostaria de te dizer.
E a cada segundo, abro sua foto e a fecho rapidamente. Uma espécie de tortura comigo mesma que faço sem saber bem o porquê. Digito algumas frases e logo apago. Chego sempre tão perto de abrir o jogo. E nisso entro em um eterno ciclo de digitar e apagar mil frases. Se pudesse juntar tudo o que eu já quase te mandei, eu poderia escrever um livro. "A idiota que se perdeu por um amor" poderia ser um bom nome.
A cada volta do relógio, meu peito aperta mais. Por que de madrugada tudo se torna mais doloroso?
Mais uma dose de antidepressivo. Outra. E outra. Engulo a seco. Arde-me a boca, o estômago e o coração. O seu veneno é a minha cura.
Perco-me embaixo do travesseiro, embolada em mil cobertas. Perco-me embaixo de um amontoado de palavras não ditas e sentimentos incertos.
Perco-me na escuridão que me consome. Perco-me de mim. Perco-me em você: Meu caos, minha insônia, minha dor.
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