domingo, 20 de março de 2016

Até logo




Uma vez você me disse que escrever sobre um sentimento é a melhor maneira de compreendê-lo. E eis que agora aqui estou eu, escrevendo sobre nós. Espero não me arrepender.
Eu só queria entender o motivo de tudo isso. Até hoje não sei qual de nós dois fugiu primeiro.
As vezes me pergunto se você ainda significa algo de fato ou se apenas tenho problemas em lidar com o passado. Acho que esse nó a garganta é a minha resposta: eu ainda sinto.
Mesmo sem perceber, sempre te cito entre uma conversa e outra com os meus amigos. É involuntário. Invento mil e uma desculpas, mas no fundo sei que o real motivo é porque você não sai da minha cabeça. Nunca saiu.
Faz exatamente um ano que te vi pela última vez. Nos despedimos com um abraço forte e um até logo. Não sei quanto tempo significa um até logo para você, mas bem, para mim costuma ser menos que 12 meses.
52 semanas, 365 dias, 8760 horas, 525600 minutos ou 31536000 segundos. É tempo suficiente para você perder uma parte significativa da vida de alguém. Assim como foi o tempo suficiente para me fazer esquecer dos detalhes do seu rosto. E pelo visto, para você, é tempo suficiente para me esquecer de vez.
Sabe qual é o meu maior medo depois de tudo isso? O nosso reencontro. Olharemos assustados um para o outro, e nos perguntaremos internamente o porquê nos afastamos.
- Você sumiu!
E eu como sempre, irei me responsabilizar por toda a culpa, como sempre faço.
- Pois é. Sumi... Tanta coisa acontecendo.
E nisso continuaremos nesse raso diálogo até algum de nós dois inventar uma desculpa para fugir de tamanho constrangimento. 
Quem diria que terminaríamos assim? Um fugindo do outro apenas para não encararmos de frente um fim que sempre evitamos.
- Vamos marcar algo, senti saudades!
- Vamos sim, claro!
- Até logo.
- Até!
E nós dois saberemos internamente que esse logo nunca existirá.

sábado, 19 de março de 2016

No meu fone


Sou assumidamente viciada em música. É raro me ver sem um fone, salvo quando esqueço-os em casa, e nesses dias fico cambaleando mundo afora como um zumbi, em busca de um fone emprestado.
Andar de ônibus sem escutar algo? Impossível. Arrumar a casa sem ter um som pra guiar meu ritmo? Nunca. Andar na rua sem cantarolar alto o que estou ouvindo? Muito raro.
Além disso, sempre escrevo ouvindo música, sempre mesmo. E foi pensando nisso que tive a ideia de compartilhar aqui as músicas que mais ando escutando no mês, visto que muitas vezes estão muito relacionadas com os temas ou estilo dos meus textos.



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