quarta-feira, 22 de maio de 2013

Jogo do amor


Na última vez que ouvi um adeus, tranquei meu coração com mil chaves e nem me lembro onde as guardei. Mas você conseguiu me arrombar. Sem deixar um vestígio sequer, simplesmente me invadiu. Me preencheu, bagunçou, me virou do avesso.
Quando eu pensei que meu coração nunca mais aceleraria por alguém, eis que você apareceu naquela esquina que eu nunca esperaria passar. O mundo dá tantas voltas que as vezes perco o equilibro.
Se isso é amor, não faço a menor ideia. Mas que diferença isso faz? Da última vez que saí dizendo aos sete ventos que estava amando, ele levou consigo todo meu amor.
Vamos fazer desse sentimento um segredo? Não conte para mim. Nem para você. Faremos disso uma brincadeira de criança. Estou colocando as cartas na mesa e espero que você entenda antes que seja tarde demais. Não jogo para perder. Principalmente quando o que está em jogo é você.


sábado, 18 de maio de 2013

Você vem?


Não pule ainda. Aguente mais um pouco! O mundo é traiçoeiro demais para os sonhadores. Não cometa o erro de cair no abismo da ilusão novamente. Apenas mais um passo. 
Lembra da ultima vez que esteve aqui? Você não resistiu, olhou o fundo, escorregou. A escuridão te assusta, assim como também te encanta. Mas fique calmo, eu te entendo. Já estivemos aqui antes. Juntos. E sairemos dessa assim.
Não pule ainda. Me dê as mãos. Me abrace forte. Respire fundo. Fique mais um pouco. Eu vou com você, prometo. Apenas não me empurre.
Um filme pausado. Voltamos exatamente no ponto que paramos. Isso não é estranho? 
O tempo parou. E agora, aqui estamos nós novamente, no ponto em que a história se divide: Vai pular comigo ou apenas me ver indo embora? A hora é agora.

Palavras, apenas palavras...


Como diz o velho ditado: ”ostra feliz não faz pérola”, e nada melhor que palavras para desabafar tudo aquilo que machuca, e que não sai quando mais queremos.
Palavras não te julgam, simplesmente ficam lá, esperando você coloca-las em algum lugar que faça sentido. Não só em um texto, como na vida.
Elas não dão conselhos, mas fazem com que vejamos o problema de frente, ficando assim mais fácil entender as entrelinhas. 
A vida não passa de uma doce poesia, ou até mesmo um livro infantil, onde a princesa vive em seu mundinho encantado, aquele que a acolhe e a protege, que no meu caso, não passam das palavras.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Adeus


Eu queria você. Aqui. Agora. Como nunca quis antes. Malditos sejam os quilômetros que te separam de mim, e maldito seja o tempo que continua passando, como se sua ida não significasse nada. Exijo luto eterno! Não é justo você não estar aqui. Nada é justo pelo visto, mas parece que poucos se importam.
Ainda me pergunto o motivo do meu coração continuar batendo. Não tenho mais sua mão na minha. Não tenho mais seu cheiro em mim.
Minha vida foi-se embora no último avião, com mala na mão e tudo mais. Enquanto isso, me resta apenas acenar para meu coração, enquanto ele decola sem data para voltar.

terça-feira, 7 de maio de 2013

A morada do ontem

Pisando nessas mesmas pedras, caminhando pelo mesmo caminho, posso ver o tempo voltando em câmera lenta.
Não são os mesmos pássaros que hoje cantam, nem as mesmas pessoas que circulam por ali, mas algo ainda permanece igual: a alma daquele lugar.
Caminhando por aquelas ruas, avisto uma garota bastante familiar. Ela corre sem destino com a mesma pressa de uma inocente criança. Quem diria que, anos mais tarde, ela trocaria o "pega-pega" pelo relógio.
Pulando os ponteiros, sinto que corri demais. Será que é tarde para voltar atrás?
Dou mais uns passos. Algo me aperta o peito: saudade. Abraço a garotinha. Me despeço. Sigo em frente.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

De grão em grão


Não importa quem você seja ou de onde tenha vindo, todo ser humano, sem nenhuma exceção, já caiu no dilema ''Para que/ Por que existimos?'' ao menos uma vez na vida. É normal se sentir um nada ao lembrar que existem mais bilhões de pessoas lá fora. 
Ser um grão de areia em uma praia se compara bem ao ponto onde quero chegar: Um grão é apenas um grão, certo? Errado. Já pensou se todos os grãos resolvessem pensar assim e simplesmente sumissem do mapa? Não existiriam as linas praias que conhecemos. Cada grão é único e indispensável.
Ora, nascemos do pó e morreremos sendo pó. Somos poeira. Poeira de alma e de sangue. Poeira imunda. Poeira indispensável.
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