sábado, 27 de abril de 2013

Por um fio


As vezes penso em te libertar de mim. Ou o certo seria eu me libertar de você?
A cada dia que passa, o emaranhado de fios que liga minha razão a emoção se embola ainda mais. Estou repleta de nós causados por confusões suas, tento desatar e me embaraço ainda mais.
Tudo é questão de ponto de vista, sabe? A mesma corda que me segura e sustenta, me prende e enforca.
Em alguns momentos, sinto uma súbita vontade de pegar uma faca e acabar com tudo isso. Cortando os fios, é claro. Mas o que me restaria? Retalhos sem começo nem final.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

As mil faces da liberdade


Quando falam de liberdade, grande parte das pessoas pensam em pássaros, correntes, e até mesmo em seres humanos. Eu penso em cachorros. Sim, cachorros.
Esta tarde, enquanto caminhava ao som de uma música qualquer, avistei dois cachorros: um dentro de uma casa, e um outro na rua. Eles se encaravam sem produzir um ruído sequer, entretanto, quase pude ouvir os dois se comunicando.
Pelo que notei, debatiam fervorosamente sobre a liberdade. Entretanto, no meio daquele assunto inexistente, exitei-me ao deparar com a questão ''O que vale mais a pena: Viver preso porém receber comida e carinho ou ser livre e viver por si só, tendo que correr atrás de tudo que precisa?''
Grande parte das vezes, esquecemos que a liberdade trás consigo uma enorme bagagem, e não são todos que suportam carrega-la. Contudo, viver limitado do mundo com certeza te impedirá de conhecer, e consequentemente aprender, muita coisa.
A ideia de liberdade que costumamos ter é bastante clara e simples, mas será que quando aplicada no dia a dia, ela realmente existe?
O cachorro considerado ''livre'' vivia preso nas limitações da vida, devia sempre seguir sua rotina de procurar por comida, caso contrário, morria. 
Aí novamente pergunto: O que vale mais a pena? Ser livre ou viver preso?
Nem um, nem outro. Ter um lar, ou melhor, um refúgio, é necessário, porém também é de extrema importância que os portões permaneçam sempre abertos.

Acorde!


Vivemos em um mundo egoísta, onde cada um encara seu próprio umbigo por horas, e as vezes, somente as vezes, levanta os olhos e encara o mundo ao redor.
Irônico, entretanto, essas mesmas pessoas pregarem ideias solidárias, que se preocupam com a crise no norte do globo ou com as pobres crianças famintas da África. Não estou dizendo que isso não ajuda, porém, não seria melhor começarmos mudando aquilo que está ao nosso alcance? As vezes, tudo o que o mendigo que vive na esquina precisa, mas que você nunca nota por estar com pressa, é um pouco de comida. E aquela sua vizinha rabugenta que mora sozinha  Pode ser que necessite apenas de um pouco de carinho e atenção.
Muitas vezes ficamos chocados com as imagens que aparecem em nossa televisão e nos esquecemos que o mesmo pode estar acontecendo na rua ao lado. Quem mudar o mundo? Então comece desligando sua televisão e abrindo sua janela! Pequenas atitudes, quando juntas, se tornam mais eficientes que diversas ONGs famosas ou campanhas televisivas.
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