quinta-feira, 26 de julho de 2012

Amor, ah, o amor...


Acho engraçado quando tratam o amor como uma fórmula certa. O mesmo amor que pode ser o remédio de um, pode ser a doença de outro. 
Além disso, acredito que não existe essa de amor verdadeiro. Existe o amor e mais nada. Até porque, o que seria considerado um amor falso? Um amor sem amor? Pois então já lhe adianto: Isso não é amor.
Quando é que o ser humano irá parar de procurar respostas para tudo? Diversos cientistas já tentaram entender tal sentimento, e por fim, não chegaram a resultado nenhum. E mesmo se tivessem chegado a uma conclusão, entender as coisas não ajudaria grande coisa. 
Pode até ser que exista uma ciência por trás de tantos corações acelerados, sorrisos bobos e lágrimas, porém de que adiantaria saber o que é o amor se não sabemos amar?
Sinto decepciona-la, porém todos esses anos você foi enganada! Seja pela sua vó, amiga, contos de fadas ou qualquer outra pessoa ou coisa que já tentou consolar seu coração partido.
''Se acabou é porque não era amor''. Será mesmo?  E como se explica a necessidade que você sentia de ter sempre ''aquele alguém'' do seu lado? E o nervosismo que tomava cada parte do seu corpo só de ouvir o nome dele? 
''Você ainda encontrará sua alma gêmea, príncipe encantado ( montado em um cavalo branco) e afins.'' Chega a soar de maneira absurda dizer que em um mundo com mais de 7 bilhões de pessoas, só uma te fará completamente feliz, não é? Acredito na teoria de que amamos quem nos faz sentir bem, e se aquele relacionamento de vários anos acabou, não significa que você ficará ''pra titia'' para o resto de sua vida.
''Nada é para sempre''. Pode até ser que esse amor que hoje você julga eterno acabará um dia. E sabe o que acontecerá depois? Você repetirá para si mesma centenas de vezes que não irá amar mais ninguém, e logo em seguida você encontrará seu novo amor ''eterno''. E depois outro. E outro...
Coloque na sua cabeça de uma vez por todas que o amor não possui uma receita a ser seguida. Porém algo é certo: ele existe. E pode até não estar no ar como muitos dizem por aí, mas ele está em todos os corações e esse é um fato que não pode ser negado. O amor está aí ó, não vê?

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Uma dose de ilusão

O dia já amanheceu e eu ainda não consegui fechar os olhos. Repassando cada cena da noite anterior, prometi a mim mesma que só por hoje não iria tomar minha dose de você.
Assim como uma bebida amarga, cada palavra sua desce queimando pela minha garganta até chegar em meu peito e se estabelecer por lá. Após alguns risos e ousadias, percebo que estou completamente fora de mim. Eu sei que isso não me faz bem, porém não consigo abandonar esta garrafa enquanto não acabo com a última gota. Seja de você ou de todas as minhas lágrimas.
Por fim, me entrego a todo esse imediatismo cego.
Os ''tic-tacs'' do relógio parecem gritar cada vez mais algo que já passou da hora de acordar. Mas eu não consigo. Estou presa a você e à todas as ilusões que sempre crescem com suas palavras estúpidas, e que quando você vai embora e sobram apenas cacos de sonhos que já estão cansados de serem remendados, percebem o quanto idiota foram. Novamente.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

E se...?



Acredito que todo mundo já deve ter escutado ao menos uma vez na vida aquela velha historinha sobre uma garota de capa vermelha que levava doces à vovozinha, mas que um dia acabou pegando um caminho diferente e.... bem, suponho que o resto você já conhece!
Além do mais, quem aí nunca ouviu aquela velha metáfora de que a vida é feita de caminhos? Sejam eles pequenas trilhas em uma floresta ou movimentadas ruas de uma cidade, um dia ou outro, todos se deparam com enormes encruzilhadas em suas vidas.
''E se eu tivesse seguido em frente?'' ''E se eu tivesse escolhido aquele caminho? ''E se...?''
Por mais que você pense, repense e escolha, sempre haverá aquele pedacinho de você que se perguntará todas as manhãs como as coisas teriam sido se você tivesse escolhido um caminho diferente ou até mesmo como as coisas estariam se você não tivesse pegado aquela estradinha deserta que encontrou quando já estava cansado de ver a mesma paisagem de sempre.
Dizem por aí, que uma regra básica para seguir em frente e nunca se arrepender de nada é não olhar para trás. Porém não negarei que discordo, e continuarei eternamente discordando, com cada letra e virgula dessa frase. A saudade e angústia pode tanto nos prender quanto despertar uma imensa vontade de continuar seguindo em busca de um lugar que mesmo sem placa alguma ou alguém para pedir informações, você poderá ter a certeza de que finalmente encontrou seu lugar.
E é nessa imensidão de estradas e palavras que continuo procurando pelo meu lugar nesse mundo. Já me perdi diversas vezes, admito, porém ainda pretendo me perder mais um pouco só para ter o gostinho de me encontrar depois.
Se eu achar o que tanto procuro, prometo te avisar. Quem sabe não te convidarei para entrar e tomar uma xícara de café?
O tempo passa, o mundo gira, a vida muda. Contudo, as estradas estarão sempre lá para confundir um pouco sua cabeça e te levar para lugares que estão fora de qualquer mapa ou rota turística.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Uma carta sem destinatário


Tenho certeza de que essa carta passará longe de ser comum. Se é que posso chamar isso de carta, já que se trata apenas de um grande desabafo que eu nem sei se terei coragem de te enviar um dia.
Mas uma coisa é certa: Se você está lendo isso, ou foi porque não aguentei mais guardar todas essas palavras amareladas pelo tempo comigo, ou foi apenas um impulso em que pensei que talvez assim você ao menos me entenderia.
Não sei dizer exatamente quando ''isso'' começou. E quando digo ''isso'', me refiro à essa coisa que sinto. Amor? Pode até ser.
Quando dei por mim, cada bom dia, mensagem, abraço, palavra ou gesto seu me deixava com um enorme sorriso bobo no rosto. Todas as músicas de amor passaram a fazer sentido, e fechar os olhos e você não me vir a mente se tornou algo impossível. Horas te abraçando pareciam insuficientes, e bem, beijos na bochecha deixaram de me contentar.
Horas, dias, meses ou até mesmo anos se passaram, e eis que um dia, quando eu já havia desistido de ter seu sobrenome após o meu, percebo que poucos centímetros e um terrível medo nos separava.
- Qual é o problema?
- Tenho medo. - Respondi na ânsia de ter que completar essa frase.
- De quê?
Parecia uma enorme ironia do destino. Respirei fundo, olhei para baixo e tentei esconder uma lágrima que lutava em cair.
- Tenho medo de me machucar. - Senti uma vontade tremenda de emendar com um enorme ''Eu sei que você ainda a ama. Por que está fazendo isso comigo? Quem queremos enganar? Eu quero isso. E muito. Mas está na cara que um de nós irá sair mal nisso tudo, e só para te adiantar o final dessa história, lhe digo que esse alguém será eu.'' Mas não! Eu apenas fechei os olhos...
Eu sabia que aquilo havia sido um erro, ou melhor, minha parte sã sabia disso. Enquanto isso, meu coração sorria e cantava alegremente como uma criancinha que acabou de descobrir um enorme pote de doces escondido atrás do armário.
Se hoje fecho os olhos, tudo o que me vem a mente é aquele dia. Suspiro. Choro. Grito. Sinto vontade de voltar atrás e me acordar a tempo. Ter tirado aquele sorriso do meu rosto antes seria uma ótima forma de acabar com parte desse sofrimento que hoje me atormenta.
Sinto raiva de mim mesma por ter sido tão idiota, e acima de tudo, por depois de tudo isso, ter a certeza que faria tudo da mesma maneira.
Um bom tempo se passou, e infelizmente você ainda é o único. O único que me fez derramar tantas lágrimas, que ocupou tanto espaço na minha cabeça e no meu coração, e acima de tudo, o único que realmente amei.
Já tentei diversas receitas para te esquecer, porém para a minha infelicidade, posso citar cada plano e suas falhas: Já tentei me afastar, mas quem disse que eu aguentava saber que você estava lá, mas eu não podia te abraçar e te encher dos meus beijos e palavras carentes? Também já tentei te odiar, e admito que deu certo por um tempo, mas no fundo, eu sabia que aquele ódio era apenas um excesso de amor não correspondido. E por último, e entre todas o mais útil e ao mesmo tempo o mais inútil dos planos foi me livrar de todas as suas lembranças. Joguei fora cada carta ou tranqueira sua e retirei sua fotografia do meu criado mudo. Mas quem disse que adiantou alguma coisa? As maiores lembranças estão em meu peito, e essas, eu não posso amassar, rasgar ou simplesmente jogar no lixo.
E depois de todas essas palavras, sabe o que é mais inacreditável em tudo isso? Eu amava a pessoa que você era, ou talvez que foi apenas em minha mente, e sempre acabo me decepcionando em saber que esse alguém para quem escrevi todas essas palavras, habita apenas o meu iludido e sonhador coração.
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