segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Adeus ano velho...


No último ano passei a virada ouvindo música e admirando o céu  com suas estrelas e fogos. Esse ano não será muito diferente. Mas algo mudou. Eu mudei.
Quem diria que aquela garotinha de um ano atrás ia passar por tantos momentos e ser obrigada a crescer.A caixinha de lembranças está mais cheia do que nunca. De coisas boas, e ruins.
Se olho para trás, não consigo me arrepender de nada. Até porque, meus erros e acertos me fizeram chegar até aqui.
Foi um ano agitado, diferente e cheio de emoções. Chorei muito, porém não negarei que sorri muito também. Faltam poucas horas para 2012 ir embora e confesso que já estou com saudades.
Sei que um ano melhor não depende de ninguém além da gente (muito menos da quantidade de ondinhas que você pula), e é por isso mesmo que desejo a todos muita persistência. O resto? A gente corre atrás.

O que nos muda não são os anos que vêm e vão, e sim os momentos e as pessoas com quem os passamos.

Feliz ano novo!!!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Meia dose de amor


Virar a página. Acho que é isso que dizem quando tentam descrever esse sentimento que está me esvaziando aos poucos. 
Dizer que te esqueci seria a maior das mentiras, pois quando falam sobre amor, é exatamente você que me vêm à mente. Porém com o tempo, fui aprendendo a deixar certas coisas de lado. Não vale a pena correr atrás de algo que está sempre correndo de você. É perda de tempo. 
Ainda te amo, admito. Por mais que eu não sinta necessidade de você todas as noites, não pense em você todos os segundos do dia e nem conte as horas para te ver, não negarei que ouvir seu nome ainda acelera meu coração. A enorme necessidade que eu sentia de você está aos poucos se transformando em indiferença. 
Acredito que o amor é sim um sentimento eterno, mas quando não há fogo que o alimente, ele esfria. Continua lá, bem quietinho, porém já não serve mais para ser consumido.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Fim do mundo


De acordo com os Maias, o mundo acaba hoje. É só disso que se fala. Televisões, jornais, blogs, redes socias... Todos tentam se posicionar quanto a previsão: Afinal, você é do grupo que acredita ou não?
Não há meteoros no céu, e muito menos terremotos. Não tem nem ao menos uma simples chuvinha por aqui onde moro. Entretanto, de uma hora para a outra, a velhinha traficante ou o aquecimento global sairam de foco, e todos tentam explicar suas razões para provarem o porquê tem certeza absoluta de que o mundo vai acabar hoje (ou não).
Estão todos tão ocupados em se preocupar, que me pergunto: será que ninguém percebeu que o mundo já acabou?

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Felizes para sempre

Me promete nunca prometer nada? Palavras iludem, porém não prendem. 'Eu te amo' não é contrato, muito menos eterno.
Lembro de quando ouvi falar sobre o famoso 'para sempre' pela primeira vez em um conto de fadas infantil. Me pareceu algo tão complexo e distante. A princesa encontra seu príncipe e fim? São felizes para o resto da eternidade? Algo está errado aí. Muito errado.
Desde pequenas, as garotas ouvem que para serem felizes precisam arrumar um príncipe encantado. Se não der certo? Elas que se virem!
Pobre princesa! Seu príncipe se foi, e de uma hora para a outra, viu seu castelo desmoronar. Cadê o final feliz? Pois eu garanto, está logo após o fim. Ela precisou perder a razão de seus sorrisos para perceber que ela pode (e deve) sorrir sozinha. Ainda não achou o final feliz da história? Não importa quantos príncipes (e sapos) venham e vão, você sempre terá a você mesma.
 ''E assim ela viveu feliz para sempre''

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Na quietude da solidão

 Ela sabia que aquela lágrima não era tristeza. Era algo mais. Algo que gritava silenciosamente por atenção. Algo que implorava por respostas quando não se fazia ideia das perguntas. Talvez apenas mais uma de suas confusões.
Pobre garota! Implora que desembolem nós que nem ela mesma acha as pontas. Se perde em meio a tantos fios e por fim enforca seus sentimentos acreditando assim estar matando o problema, quando na realidade, está apenas se matando aos poucos.

À nós!


''Já está tarde'', foi a única frase que consegui dizer. Nunca gostei de confusões, mas vejam só onde fui parar. Você em si já é uma enorme exceção. Queria poder te deixar e não olhar para trás. ''Fica só mais um pouco?''. Pronto. Eu caí de novo. Não resisto a você, e infelizmente, não sou a única que sabe disso. Você está sempre jogando esse meu exagerado e estúpido sentimento contra mim. Sinto vontade de te odiar, e acabo me odiando por isso. Mas que culpa tenho eu? Ou melhor, que culpa tem você?  Eu não devia estar ali. Esse é seu lugar, não meu. Não me encaixo na decoração da sua vida, e você apenas finge não ter notado isso. Um abraço. Um beijo. Um ''Eu te amo''. Um brinde! À mim. À você. À nós.

Dente por dente e medos à parte

Pai e filho entram no consultório do dentista.
- Que tal voltarmos outro dia? Pensando bem, acho que nem preciso voltar! Meus dentes estão ótimos!
- Deixa de ser medroso!
- Não estou com medo! - dito isso, João começa a suar frio - Nossa, que calor! Poderíamos ir à sorveteria ao invés de ficarmos aqui, derretendo nesse consultório.
- Está ficando louco? Sorvete antes do almoço?
- Um dia só não faz mal! E aqui está tão cheio... Até eu ser atendido irá demorar uma eternidade!
A conversa é interrompida por gritos de um paciente seguido por um irritante barulhinho de uma escova elétrica que mais parecia uma britadeira.
- Tudo bem, admito que estou com um pouquinho de medo. Vamos embora logo? - Suplica João, já se levantando.
- Fique tranquilo! Sente aí que sua vez já deve estar chegando.
- Próximo! - Grita a recepcionista.
A porta do consultório se abre, e um homem com enormes óculos, que deixam seus gigantescos olhos ainda maiores, sorri simpaticamente.
Tentando adiar ao máximo esse momento, João caminha lentamente em direção à sala. A porta se fecha, e depois de alguns minutos que mais pareceram horas, se abre novamente.
- Viu papai? Eu não disse que era tranquilo? - Comentou Alfredo, enquanto se levantava e deixava a revistinha de quadrinho sob o banco da recepção. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Alice e seu país de fantasias

 Estou paralisada, olhando o céu pela janela do carro. Sou completamente fascinada por estrelas, sol, lua ou qualquer outra coisa que esteja a milhares de quilômetros da minha cabeça.
A noite está tão linda. Por mais que as luzes da cidade apaguem algumas estrelas, ainda existem aquelas que não se cansam de brilhar.
Procurei a maior, ou mais brilhante, e fiz um pedido. O mesmo de sempre, ou talvez, quase sempre. Tudo o que eu quero é sair desse labirinto na qual me encontro.
Entrei em uma espécie de transe quando me deparei com a lua. Está idêntica ao sorriso daquele gato louco do filme ''Alice no país das maravilhas''. De certa forma, eu o adoro. Acho que é por ele sempre possuir uma maneira diferente, ilógica e insana de ver as coisas.
Não consigo tirar meus olhos do céu. Por dentro, me sinto a mesma Alice do filme. Não paro de lhe perguntar onde estou e para onde devo ir.
Não obtive respostas.
Sorri ao admirar a lua, e o gato, pela última vez. Logo depois, ela foi devorada por uma enorme nuvem negra. 

Cinzas manhãs de verão


Dias de chuva são deprimentes. Não estou negando que gosto de ouvir o barulho das gotas pingando em minha janela e do vento soprando tudo que encontra pela frente, porém tudo fica tão cinza que a vontade de sorrir simplesmente desaparece.
Meu passatempo favorito costuma ser passar horas e horas admirando o céu, e as enormes nuvens negras sempre me impedem de ver algo além de suas massas cinzentas.
Não sei muito bem o porquê, mas considero o céu uma das maiores metáforas sobre a vida. O sol está sempre lá, por mais que não possamos vê-lo, para mostrar que sempre há uma luz no fim do túnel. Se estiver escuro, basta esperar, a noite não dura para sempre, e uma hora, a Terra terá que girar.
A chuva diminuiu, mas não parou.
Tudo está tão cinza! E por incrível que pareça, não estou falando das coisas que estão além da minha janela.
Estou chovendo a dias, sem nem ao menos uma pausa para um arco-íris aparecer.
De repente, tudo ficou tão silencioso. Acho que parou de chover.
Em compensação, continuo afogando nessa minha tempestade interna. 

Uma passagem para o amanhã

 - Moça, poderia me arrumar um copo d'água? - Foi tudo o que conseguiu dizer.
Lentamente, o avião começou a se mover. Um enorme nó se estabeleceu em sua garganta.
Será que ele estaria entre aquelas milhares de cabeças comprimidas no vidro do aeroporto? Pouco provável. E talvez fosse melhor assim.
Aquele beijo da noite passada já havia sido doloroso o suficiente. Ah, aquele beijo! Ela faria de tudo para sentir o calor daquele corpo junto ao seu novamente. Mas não podia.
Uma lágrima com gosto de angústia veio seguido por uma repleta de medo. Pela janela, ela pôde ver a cidade se afastando até se transformar em um minusculo pontinho.
Seria tarde demais para desistir? Pedir o piloto para parar que ela desceria ali mesmo? Sim, era tarde demais.
Pegou uma pequena foto em sua mochila e a encarou por alguns minutos. Ali estava aquele que a fez acreditar que não havia problemas em sonhar alto. Quanta ironia! Eram justamente os seus sonhos que a estavam levando para milhares de quilômetros do pouco que ela possuía.
Abraçou a fotografia bem forte, porém com um cuidado imenso para não amassar, e permaneceu assim por um bom tempo, até que finalmente voltou a realidade:
- A senhorita prefere a água quente ou gelada?
Por que todos lhe exigiam respostas? Como se já não bastassem as perguntas que ocupavam sua mente!
Respirou fundo, trocou a água por um café e afundou a cabeça em sua poltrona, sem tirar os olhos um minuto sequer das enormes nuvens que ocupavam sua janela. 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Coleciona-se sorrisos


Assim como compramos um celular novo quando o o nosso estraga, um pacote de biscoitos quando o armário se encontra vazio ou um novo lápis quando esgotamos o nosso ou simplesmente o perdemos, sempre procuramos a felicidade quando as coisas não estão muito bem.
E de certa forma, não há nada de errado nisso. Porém, uma pitada de felicidade não fará seus problemas desaparecerem. Ela deixa a vida mais doce e leve, porém não é uma solução.
A felicidade é bastante frágil e instável, e viver correndo atrás dela pode assusta-la. Além disso, ela é tímida e insegura. E ficar em uma constante busca por ela só criará um enorme jogo de pega e esconde. Você pode até te-la em mãos por algum tempo, mas ela não foi feita para viver presa, e a pressão que exercemos é tão grande que ela pode acabar escapando pelos dedos. 
Com o tempo, descobrimos que a felicidade não está em uma vida perfeita, nem em uma conta bancária repleta de dinheiro. Ela está nas pequenas coisas que deixamos passar despercebidas por estarmos preocupados demais correndo atrás de um amanhã ideal e nos esquecendo do hoje.

sábado, 6 de outubro de 2012

Manhãs imutáveis


Todos estão esperando uma reação minha. Permaneço imóvel. Presa em meus pensamentos, não consigo sair do lugar. Todos me olham perplexos, mas não consigo sequer me mover. 
Além de perdida, estou presa. Me encontro em uma encruzilhada aparentemente sem fim.
Percorro o olhar a minha volta e não encontro nada que ainda não tenha sido engolido pela escuridão. 
Ruídos desconhecidos me amedrontam. Estou assustada. O barulho aumenta. Meu medo também.
Quero fugir, mas não consigo encontrar o caminho. 
Já era para o sol ter surgido a tempos, mas o tempo anda nublado demais ultimamente, e não duvido que o sol tenha medo do escuro.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Caixas, lembranças e afins


Deitada de pernas para ar enquanto escutava minha música predileta, percebi que já havia passado da hora de arrumar meu quarto. Estou uma confusão, não nego. E não sei porque, mas sinto que ajeitar meu redor pode acabar me ajeitando também. Pode parecer idiotice, mas de certa forma, funciona. O quarto de uma pessoa nada mais é que um refúgio para todos os seus maiores sonhos e lembranças, que com o tempo (ou a falta dele), acabaram ficando sem espaço no mundo lá fora. E o que fazemos com tudo isso? Guardamos em caixas e mais caixas repletas de pedaços de papeis e fotografias, na esperança de um dia podermos reabri-las e sentir aquele gostinho da felicidade que um dia cada tranqueira daquelas já nos trouxe.
Até porque, você sabe que tudo isso traz muito mais que simples recordações. Cada lembrança, traz consigo um pedacinho do que você é ou deixou de ser em uma dessas reviravoltas da vida. Seja aquela garota sorridente que sempre dizia o que pensava ou aquela criança tão quietinha e diferente das outras, que entre palavras e brincadeiras, acabava sempre optando por um velho caderno e uma caneta.
Da maneira mais cuidadosa possível, abri uma das caixas em clima de nostalgia. Em cima de diversos papeis já amarelados pelo tempo, uma foto com várias crianças sorridentes me chamou a atenção. Custei a reconhecer uma garotinha de faixa colorida nos cabelos e olhinhos brilhando que estava abraçada com outra garota de longos cabelos castanhos, para a qual ela, na época, revelava seus maiores segredos, que por mais bobinhos que fossem, as tornavam as inseparáveis 'melhores amigas para sempre'. A garota, era eu. E quanto a essa amizade eterna, infelizmente acabou. Não me lembro quando nem porquê, simplesmente foi sumindo com o tempo.
E se hoje relembro tudo isso, confesso que sinto saudades, mas aos poucos aprendi que certas coisas a gente tem que deixar ir, por mais que não queiramos isso. Todo novo ciclo possui uma acolhida e uma despedida. E ciclos se renovam todo dia, toda hora, todo momento.
No fundo, a gente se despede do ontem com carinho porque sabe que cada caixa que vai embora é, no mínimo, um aprendizado. As vezes me pergunto se a bagunça que se acumula dia após dia em nossos quartos não é uma vontade nossa, bem sincera e honesta, de nos obrigar a abrir as caixas, portas e gavetas para analisar a vida de vez em quando. As histórias vão, mas a gente fica. E a parte divertida de você relembrar de tudo é que você se analisa, vê o que mudou depois de tempos, ou até mesmo o que não mudou.
Ao fechar a caixa, um enorme nó formou-se em minha garganta. E foi aí que percebi que além das tranqueiras que não tinham mais valor, ali estavam diversas coisas que um dia já foram necessárias. Pedaços  e mais pedaços do tempo, enquadrados em fotografias e papeis.
Estive a um passo de jogar tudo fora. ''Mas e se uma dessas lembranças ainda me fizessem sorrir por algum motivo bobo?''. Voltei atrás e recoloquei tudo naquela enorme caixa, e decidi, que a partir daquele momento, ali seria a moradia fixa de todas as minhas lembranças.
E se um dia a saudade bater, não terei medo de abrir. Lerei cada carta, beijarei cada foto, e acima de tudo, agradecerei baixinho por todas as pessoas que já passaram por minha vida e bagunçaram cada pedacinho dela.

sábado, 22 de setembro de 2012

Típica noite primaveresca

Uma enorme necessidade de escrever tomou conta de mim, e eis que quando pego um papel, faltam-me palavras. Já me conformei que a culpa não é do dicionário, e muito menos do pobre lápis com a sua ponta já gasta de tanto riscar frases sem lógica. Mas por que tenho que ser lógica em um mundo onde sobram perguntas e faltam respostas?
Eu não existo. Você não existe. O 'nós' nunca existiu. Tudo não passa de um sonho sem fim de um universo paralelo.
O sol já se foi, ou melhor, o mundo já girou. Ao menos é o que a ciência diz.
É uma linda noite, mas sinto que falta algo. Talvez seja você. Estrelas imploram por atenção e a lua se doa por inteira, mas não é suficiente. Não para mim.

domingo, 16 de setembro de 2012

Identidade emoldurada


Em um canto de uma pequena sala, um espelho reflete a abandonada rua que ocupa a janela. Como parte de um quadro, até mesmo o pequeno papel amassado no canto da rua se torna parte de um complexo cenário. Quem passasse desatento por ali, não notaria o quanto deslocado ele se encontrava, sem fazer parte daquela decoração.
Pé ante pé, me aproximo do reflexo. Em uma mistura de angústia e medo, sinto-me levada pela minha constante busca por respostas.
Estive tão perto. Não sei de quê, mas estive. Em um pequeno relance, levantei meus olhos na direção do espelho. Encarando uma imagem inexistente, me confundi em meio a tantos traços e sentimentos.
Na janela logo ao lado, a única fonte de luz da calada ruazinha se apaga. Ouço um grito. Meu grito. Por fim, me entrego a toda essa loucura.

Reflexos de um desespero


Uma pessoa assustada e completamente perdida ocupa meu espelho. Ela implora por ajuda. Sua fisionomia não é estranha, porém estou ocupada demais no momento para ouvi-la.
Agora ela está gritando. Tento ignorar, mas parece impossível. É um grito silencioso que percorre cada artéria do meu corpo. Encaro a imagem novamente e percebo que aquele olhar desesperado me pertence. Todo esse tempo, quem gritava era eu. Ainda grito. Sem fazer barulho para não acordar ninguém, mas grito.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A 'discussão básica' nossa de cada dia



– Eu te amo.
– Ah, legal.
– Legal?
– Acho legal você me amar ué!
– E só?
– Sim. Deveria dizer mais alguma coisa?
– Claro! Que você também me ama.
– Mas eu não amo.
– Como assim não?
– Eu não te amo, ora essa! Deveria?
– Claro que não, mas você deveria ter dito que sim.
– Mas isso seria mentir!
– Eu sei.
– Então por que quer que eu diga?
– Porque é isso que uma pessoa espera ouvir quando diz amar a outra.
– E você me ama?
– Deixa de ser idiota! É obvio que não!
– Mas então por que disse isso?
– Porque eu gostaria de ouvir a resposta.
– E eu te respondi. Não vejo problema nisso!
– Eu apenas queria ouvir um ''Eu também te amo''. É tão difícil de entender?
– Ah, se é por isso: Eu também te amo.
– Agora não adianta mais!
– Por que não?
– Porque eu sei que é mentira.
– Mas você também mentiu!
– Porém eu não admiti isso...
– Na verdade, admitiu sim!
– É, eu sei. Mas não teria admitido se você tivesse dito um simples ''Eu também''.
– Mas eu já disse!
– Humpf, homens!
– Mulheres... Vai entender!

domingo, 26 de agosto de 2012

Doses e mais doses

a

Sem essa de copo meio-cheio ou meio-vazio. O excesso é desnecessário, e a escassez pode ser fatal. Porém prefiro morrer de sede a ter que encarar algo pela metade. Se transbordar? Que transborde, ora essa! Não tenho medo de me molhar, e exagerar na dose uma vez ou outra não irá matar ninguém.
Não me venham com copos pela metade, não me venham com meias palavras, não me venham com meios amores. Ninguém existe pela metade, exceto aqueles que não vivem, contraditório portanto dizer que esses apenas existem.
Estou a beira da loucura, confesso. E em uma das minhas análises matinais, decidi deixar a filosofia na cabeceira. Cansei de viver nesse mundo de metáforas e ilusões. Se quiser me encontrar, vá ao bar da esquina. Estarei na ultima mesa pedindo mais uma dose de hipocrisia ao garçom.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Eu só queria um café...


‘’Eu só queria um café’’, é tudo que repito para mim mesma quando relembro da primeira vez que te vi. Ah, se eu soubesse o que estava por vir...
Lá estava eu, de bruços no balcão, rabiscando palavras avulsas em um pequeno guardanapo, enquanto resmungava que o amor não passava de uma enorme mentira que o ser humano inventou para se sentir completo.
‘’Está sozinha?’’, alguém perguntou. Virei-me para trás e por um momento pensei que a força da gravidade havia deixado de me prender ao chão. Perguntei-me se aquilo era parte de um sonho, e rezei para que ninguém me beliscasse.
O ‘amor da minha vida’ que eu tanto descrevia em retratos falados estava bem na minha frente, em carne e osso.
Conversa vai, conversa vem, sol vai, lua vem, chegou a hora de fecharem a cafeteria. Incrível como nem sequer vi a hora passar.
Uma parte de mim ainda acredita que aquele dia não terminou. Em um universo paralelo qualquer, ele está lá, intacto. Ainda estamos felizes, conversando, acreditando no amor e todas essas baboseiras.
É estranho saber que aquele eterno durou tão pouco. O que parecia uma vida rendeu apenas umas três ou quatro xícaras a mais. No fim da noite, você se foi. ‘’Eu te ligo’’, foi a última frase que te ouvir dizer antes de se virar e me deixar com um enorme sorriso no rosto e milhares de frases otimistas no coração.
Demorei um tempo para entender que eu nunca mais iria escutar sua voz, e mais ainda para deixar de ir naquela velha cafeteria na esperança de esbarrar com você e ouvir qualquer desculpa esfarrapada que me faria acreditar que ao menos fui algo em sua vida.
E mesmo depois de tanto tempo, por mais que o café da minha xícara esteja cansado de esfriar, confesso que ainda te espero. Talvez um pouco diferente devido ao tempo, mas estou aqui. Sentada no mesmo banco para não correr o risco de você não me encontrar, e exatamente com o mesmo coração confuso e vazio que habitava meu corpo naquela tarde.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Amor, ah, o amor...


Acho engraçado quando tratam o amor como uma fórmula certa. O mesmo amor que pode ser o remédio de um, pode ser a doença de outro. 
Além disso, acredito que não existe essa de amor verdadeiro. Existe o amor e mais nada. Até porque, o que seria considerado um amor falso? Um amor sem amor? Pois então já lhe adianto: Isso não é amor.
Quando é que o ser humano irá parar de procurar respostas para tudo? Diversos cientistas já tentaram entender tal sentimento, e por fim, não chegaram a resultado nenhum. E mesmo se tivessem chegado a uma conclusão, entender as coisas não ajudaria grande coisa. 
Pode até ser que exista uma ciência por trás de tantos corações acelerados, sorrisos bobos e lágrimas, porém de que adiantaria saber o que é o amor se não sabemos amar?
Sinto decepciona-la, porém todos esses anos você foi enganada! Seja pela sua vó, amiga, contos de fadas ou qualquer outra pessoa ou coisa que já tentou consolar seu coração partido.
''Se acabou é porque não era amor''. Será mesmo?  E como se explica a necessidade que você sentia de ter sempre ''aquele alguém'' do seu lado? E o nervosismo que tomava cada parte do seu corpo só de ouvir o nome dele? 
''Você ainda encontrará sua alma gêmea, príncipe encantado ( montado em um cavalo branco) e afins.'' Chega a soar de maneira absurda dizer que em um mundo com mais de 7 bilhões de pessoas, só uma te fará completamente feliz, não é? Acredito na teoria de que amamos quem nos faz sentir bem, e se aquele relacionamento de vários anos acabou, não significa que você ficará ''pra titia'' para o resto de sua vida.
''Nada é para sempre''. Pode até ser que esse amor que hoje você julga eterno acabará um dia. E sabe o que acontecerá depois? Você repetirá para si mesma centenas de vezes que não irá amar mais ninguém, e logo em seguida você encontrará seu novo amor ''eterno''. E depois outro. E outro...
Coloque na sua cabeça de uma vez por todas que o amor não possui uma receita a ser seguida. Porém algo é certo: ele existe. E pode até não estar no ar como muitos dizem por aí, mas ele está em todos os corações e esse é um fato que não pode ser negado. O amor está aí ó, não vê?

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Uma dose de ilusão

O dia já amanheceu e eu ainda não consegui fechar os olhos. Repassando cada cena da noite anterior, prometi a mim mesma que só por hoje não iria tomar minha dose de você.
Assim como uma bebida amarga, cada palavra sua desce queimando pela minha garganta até chegar em meu peito e se estabelecer por lá. Após alguns risos e ousadias, percebo que estou completamente fora de mim. Eu sei que isso não me faz bem, porém não consigo abandonar esta garrafa enquanto não acabo com a última gota. Seja de você ou de todas as minhas lágrimas.
Por fim, me entrego a todo esse imediatismo cego.
Os ''tic-tacs'' do relógio parecem gritar cada vez mais algo que já passou da hora de acordar. Mas eu não consigo. Estou presa a você e à todas as ilusões que sempre crescem com suas palavras estúpidas, e que quando você vai embora e sobram apenas cacos de sonhos que já estão cansados de serem remendados, percebem o quanto idiota foram. Novamente.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

E se...?



Acredito que todo mundo já deve ter escutado ao menos uma vez na vida aquela velha historinha sobre uma garota de capa vermelha que levava doces à vovozinha, mas que um dia acabou pegando um caminho diferente e.... bem, suponho que o resto você já conhece!
Além do mais, quem aí nunca ouviu aquela velha metáfora de que a vida é feita de caminhos? Sejam eles pequenas trilhas em uma floresta ou movimentadas ruas de uma cidade, um dia ou outro, todos se deparam com enormes encruzilhadas em suas vidas.
''E se eu tivesse seguido em frente?'' ''E se eu tivesse escolhido aquele caminho? ''E se...?''
Por mais que você pense, repense e escolha, sempre haverá aquele pedacinho de você que se perguntará todas as manhãs como as coisas teriam sido se você tivesse escolhido um caminho diferente ou até mesmo como as coisas estariam se você não tivesse pegado aquela estradinha deserta que encontrou quando já estava cansado de ver a mesma paisagem de sempre.
Dizem por aí, que uma regra básica para seguir em frente e nunca se arrepender de nada é não olhar para trás. Porém não negarei que discordo, e continuarei eternamente discordando, com cada letra e virgula dessa frase. A saudade e angústia pode tanto nos prender quanto despertar uma imensa vontade de continuar seguindo em busca de um lugar que mesmo sem placa alguma ou alguém para pedir informações, você poderá ter a certeza de que finalmente encontrou seu lugar.
E é nessa imensidão de estradas e palavras que continuo procurando pelo meu lugar nesse mundo. Já me perdi diversas vezes, admito, porém ainda pretendo me perder mais um pouco só para ter o gostinho de me encontrar depois.
Se eu achar o que tanto procuro, prometo te avisar. Quem sabe não te convidarei para entrar e tomar uma xícara de café?
O tempo passa, o mundo gira, a vida muda. Contudo, as estradas estarão sempre lá para confundir um pouco sua cabeça e te levar para lugares que estão fora de qualquer mapa ou rota turística.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Uma carta sem destinatário


Tenho certeza de que essa carta passará longe de ser comum. Se é que posso chamar isso de carta, já que se trata apenas de um grande desabafo que eu nem sei se terei coragem de te enviar um dia.
Mas uma coisa é certa: Se você está lendo isso, ou foi porque não aguentei mais guardar todas essas palavras amareladas pelo tempo comigo, ou foi apenas um impulso em que pensei que talvez assim você ao menos me entenderia.
Não sei dizer exatamente quando ''isso'' começou. E quando digo ''isso'', me refiro à essa coisa que sinto. Amor? Pode até ser.
Quando dei por mim, cada bom dia, mensagem, abraço, palavra ou gesto seu me deixava com um enorme sorriso bobo no rosto. Todas as músicas de amor passaram a fazer sentido, e fechar os olhos e você não me vir a mente se tornou algo impossível. Horas te abraçando pareciam insuficientes, e bem, beijos na bochecha deixaram de me contentar.
Horas, dias, meses ou até mesmo anos se passaram, e eis que um dia, quando eu já havia desistido de ter seu sobrenome após o meu, percebo que poucos centímetros e um terrível medo nos separava.
- Qual é o problema?
- Tenho medo. - Respondi na ânsia de ter que completar essa frase.
- De quê?
Parecia uma enorme ironia do destino. Respirei fundo, olhei para baixo e tentei esconder uma lágrima que lutava em cair.
- Tenho medo de me machucar. - Senti uma vontade tremenda de emendar com um enorme ''Eu sei que você ainda a ama. Por que está fazendo isso comigo? Quem queremos enganar? Eu quero isso. E muito. Mas está na cara que um de nós irá sair mal nisso tudo, e só para te adiantar o final dessa história, lhe digo que esse alguém será eu.'' Mas não! Eu apenas fechei os olhos...
Eu sabia que aquilo havia sido um erro, ou melhor, minha parte sã sabia disso. Enquanto isso, meu coração sorria e cantava alegremente como uma criancinha que acabou de descobrir um enorme pote de doces escondido atrás do armário.
Se hoje fecho os olhos, tudo o que me vem a mente é aquele dia. Suspiro. Choro. Grito. Sinto vontade de voltar atrás e me acordar a tempo. Ter tirado aquele sorriso do meu rosto antes seria uma ótima forma de acabar com parte desse sofrimento que hoje me atormenta.
Sinto raiva de mim mesma por ter sido tão idiota, e acima de tudo, por depois de tudo isso, ter a certeza que faria tudo da mesma maneira.
Um bom tempo se passou, e infelizmente você ainda é o único. O único que me fez derramar tantas lágrimas, que ocupou tanto espaço na minha cabeça e no meu coração, e acima de tudo, o único que realmente amei.
Já tentei diversas receitas para te esquecer, porém para a minha infelicidade, posso citar cada plano e suas falhas: Já tentei me afastar, mas quem disse que eu aguentava saber que você estava lá, mas eu não podia te abraçar e te encher dos meus beijos e palavras carentes? Também já tentei te odiar, e admito que deu certo por um tempo, mas no fundo, eu sabia que aquele ódio era apenas um excesso de amor não correspondido. E por último, e entre todas o mais útil e ao mesmo tempo o mais inútil dos planos foi me livrar de todas as suas lembranças. Joguei fora cada carta ou tranqueira sua e retirei sua fotografia do meu criado mudo. Mas quem disse que adiantou alguma coisa? As maiores lembranças estão em meu peito, e essas, eu não posso amassar, rasgar ou simplesmente jogar no lixo.
E depois de todas essas palavras, sabe o que é mais inacreditável em tudo isso? Eu amava a pessoa que você era, ou talvez que foi apenas em minha mente, e sempre acabo me decepcionando em saber que esse alguém para quem escrevi todas essas palavras, habita apenas o meu iludido e sonhador coração.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Dilacerada


E lá estava eu novamente, encolhida no chão enquanto me afogava em meus pensamentos. Completamente perdida, vazia e dilacerada. Aquela já era a milésima posição que eu ocupava no quarto, e mesmo assim, ainda não me sentia completamente satisfeita. Nenhum lugar estava bom o suficiente para se ficar, e não me refiro só ao quarto. A impressão que tenho é que deixei de fazer parte desse mundo, se é que já fiz algum dia. Sinto que estou atuando em uma peça na qual não faço mais parte, ou até mesmo que trocaram de cena e esqueceram de me avisar.
As horas deixaram de passar já faz um bom tempo, e tudo o que se passa pela minha cabeça é ''O que estou fazendo aqui?''. Quero fugir. Gritar. Correr. Sumir. Quero encontrar o meu caminho, e acima de tudo, me encontrar nessa confusão toda.

domingo, 10 de junho de 2012

Caixinha de lembranças


Esta manhã notei que sua fotografia ainda estava colada na minha parede. Ela estava ali a tanto tempo que eu havia me acostumado a te-la por perto, e acordar com você sorrindo para mim já fazia parte da minha rotina. Arranquei-a com cuidado, dei uma última olhada seguida de um longo beijo e decidi que era hora de dizer adeus. 
Não tive coragem de te jogar fora. E por esse mesmo motivo, te guardei na minha caixinha de lembranças, junto com milhares de outras coisas que de uma forma ou de outra me lembram você. 
E se um dia a saudade bater em meu peito, não terei medo de reviver tudo aquilo. Lerei cada carta, beijarei cada foto, e acima de tudo, agradecerei baixinho por você um dia ter entrado na minha vida e bagunçado cada pedacinho dela.

sábado, 9 de junho de 2012

Amor, brigadeiro e afins

Já vou logo avisando que sou uma chocólatra compulsiva, daquelas que comem caixas e mais caixas de bombons e depois morrem de culpa. Ah, também adoro cozinhar. O problema? Eu não sei fazer nada além de misto quente. E para o caso de você ter se lembrado do tradicional brigadeiro: também não sei fazer. Quer dizer, olhando uma receita pode até ser que ele saia com ao menos um aspecto de brigadeiro. Talvez um pouco queimado ou duro demais... Mas isso não vem ao caso!  
Por falar em comidas, ontem me bateu uma enorme vontade de fazer algo na cozinha. Por preguiça de inovar, optei pelo velho brigadeiro. Como não faço nada sem música, liguei o rádio e estava tocando 'We Found Love'. Por um momento, entrei em uma espécie de transe, e somente algum tempo depois, ao ver que o brigadeiro estava queimando, me lembrei de mistura-lo. Eu descobri! Finalmente descobri! - sussurrei para mim mesma - Finalmente descobri o que é o amor! E sim, descobri isso fazendo um simples brigadeiro. Digamos que não existe uma receita exata para ele. Algumas pessoas simplesmente sabem fazê-lo e pronto. Porém é claro que não me esqueci daqueles meio desligados na cozinha, que acabam optando por uma receita já pronta, e aos poucos vão deixando-a do seu jeito. Acredito que sou do segundo tipo, porém infelizmente ainda não encontrei 'a' minha receita. 
A música acabou e o locutor começou a ler os horóscopos do dia. Desliguei o rádio. Não precisava que um simples horóscopo me dissesse que a minha vida está uma bagunça.
Julgando pela consistência, o brigadeiro finalmente estava pronto. A partir de então, não resisti: levei a colher de madeira repleta de brigadeiro à boca. Uma pena que estava quente, e como esperado, queimei minha língua. E foi nesse momento que voltei ao antigo pensamente sobre o amor. Afinal, o amor é tentador, doce e quente, muito quente, porém não me refiro ao sentido figurado. Não era a primeira vez, e muito menos a última, que eu mergulhava em algo de cabeça e acabava me queimando no final. 
E sabe qual é a moral dessa história? Nenhuma. Até porque, a vida não é como um livro de historinhas infantis em que sempre existe uma moral que faz todos os erros terem valido a pena. Algumas vezes, quebraremos a cara e não aprenderemos nada com isso. Mas fazer o que? É a vida! Apenas não deixe de saborear uma enorme panela de brigadeiro por ter se queimado uma vez, e acima de tudo, não chore quando o doce chegar em seu fim. A receita está bem aí, se você ainda não a encontrou, apenas espere mais um pouco. Os ingredientes estão na sua prateleira. Vá em frente e comece tudo novamente, porém dessa vez, um aviso: saboreie cada colherada, e cuidado com o fogo!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Promessas e mais promessas...

Para muita gente, ano novo não passa de uma época para repensar na vida e fazer milhares de promessas. Tudo bem, eu admito, sou uma dessas pessoas.
Não sou uma garota cheia de compromissos, eu sei, porém será que é mesmo necessário passar tanto tempo atualizando uma página, lendo sobre a vida de quem não te interessa ou até mesmo te interessa demais, o que só faz com que um grande sentimento de angústia tome conta de você?
Fiquei um mês sem entrar no Facebook e Twitter, como uma maneira de provar a mim mesma o quanto aquilo era fútil. E pois bem, um mês se passou e estou aqui, vivinha da Silva. 
Ah, também prometi não comer chocolate! Mas aí já é outra história.... Afinal, é Páscoa!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Suicídio virtual?

Vivemos em uma era onde estamos constantemente sendo vigiados: todos sabem o que estamos fazendo ou até mesmo onde estamos através de uma simples postagem em qualquer rede social. 
Atualmente, quem não possui uma vida online é considerado por muitos uma pessoa sem vida, ou até mesmo 'excluida' da sociedade. Irônico não? 
Impossível não parar para pensar um pouco depois de ver esse vídeo! Não tenho a intensão que todos deletem suas contas, até porque, eu mesma não tive essa coragem (ainda), esse vídeo serve apenas para demonstrar em que ponto chegamos!



Mundo louco



À minha volta, milhares de rostos idênticos e sem expressão vem e vão. Desgastados com essa corrida a lugar algum, imposta por uma sociedade tão hipócrita, não percebemos que estamos andando para trás.
A quem queremos enganar? Vivemos em um mundo louco, onde nos mandam ser quem somos, mas nos criticam por isso na próxima esquina.
Enganados por uma teoria que afirma a liberdade de todos, acabamos escravos de uma sociedade inexistente. Controverso portanto, afirmar que nós somos a própria sociedade.
Quem somos nós para julgar? Quem somos nós para estabeler um padrão e achar isso normal?
Chegará um dia em que não mais viveremos. Um coração de ferro e algumas engrenagens bastará para você ser considerado parte desse mundo.
Acordar e ver que algo está errado, já não basta mais. O mundo não deixará de ser mundo por isso, e enquanto cada um não quebrar seu espelho interior, nosso egoismo será eternamente refletido na sociedade.

Palavras não falam - Mariana Aydar

Fiquei simplesmente encantada com essa música, tanto pela sua letra, quanto pela sua melodia bem tranquila:

"Eu não escrevo pra ninguém e nem pra fazer música
E nem pra preencher o branco dessa página linda
Eu me entendo escrevendo
E vejo tudo sem vaidade
Só tem eu e esse branco
Ele me mostra o que eu não sei
E me faz ver o que não tem palavras
Por mais que eu tente são só palavras
Por mais que eu me mate são só palavras''



Primeiro post

Dizem por aí, que a primeira impressão é a que fica... Porém, espero que isso não ocorra com esse primeiro post, já que, não faço ideia do que escrever aqui.
Se você está nesse blog, certamente já deve ter se perguntado sobre o significado do nome 'Míopes Anônimos'. Mas para você não se decepcionar futuramente, vou logo avisando que esse nome não possui muito sentido.
Todo mundo é míope, porém alguns mais que os outros. Além disso, são poucos os que admitem isso. E quando digo míope, não estou me referindo à aquelas pessoas que não enxergam direito, e sim a todas aquelas que fingem não ver, ou até mesmo não enxergam as pequenas coisas da vida.
Sou míope, admito. E é justamente por isso que não largo meu par de óculos: um papel. Palavras são como lentes: esclarecem coisas que antes pareciam borradas ou indecifráveis, e nos fazem enxergar aquilo que muitas vezes lutamos em não ver.
Sim, eu uso óculos. Não, eu não sou uma intelectual. Sou míope!
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