Respire fundo. Poetize a dor. Deixe que as lágrimas escorram pelas entrelinhas, encharquem o texto, afoguem o coração. Deixe que a tristeza sangre o papel, e que esse já desfalecido, torne-se apenas memória. Deixe que as palavras fujam, saltem do papel, escondam-se em bocas alheias. Deixe a dor ser transformada em rima e verso, problemas em estrofes, tristeza em poemas. Recitados de boca em boca, deixe que seus gritos se propaguem. Já não será mais dor. Será arte. Será amor.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
Perdoa minha confusão
Perdoa minha confusão, vai. Nunca tive a menor ideia do que
fazia com a minha vida, mas dessa vez a razão anda escapando demais por entre
meus dedos. Caramba, como cheguei aqui? Tentei controlar a vida e me
descontrolei.
Quero voltar atrás. Quero seguir em frente. Quero desistir.
Quero tentar. Preciso tentar. Ou isso seria o mesmo que me iludir?
Mandam-me ouvir meu coração... Mas impossível escutá-lo com
todos esses gritos daqui de dentro. Por isso enlouqueço, corro, fujo.
Eu e minha eterna mania de achar que fugir é a melhor das soluções.
Sei que no fundo, essa é a pior das hipóteses, e justamente por isso prometo pensar em
algo melhor... Enquanto fujo.