segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Na ponta dos pés

Ao som de Tchaikovsky, uma bailarina rodopia. Na ponta dos pés, vê o mundo com suavidade. Admirados com tamanha beleza, o público se emociona, chora, ri. “Como é bela a bailarina” - É o que se ouve muito por aí. Fim do espetáculo. As luzes já se apagaram, o público já se foi. Sem plateia, a bailarina se vê só com suas dores. Não há mais música. A sapatilha, jogada ao lado, já não esconde mais suas feridas. “São as marcas da vida”, ela sussurra pra si mesma, um pouco antes de fechar os olhos e se ver dançando mais uma linda canção.

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