Um enorme sentimento me engoliu essa noite. Angustia?
Talvez. Desespero? Também. Agonia? Quem sabe. Cansaço? Com certeza. Acho que
estou ficando velha. Essa tal de nostalgia vem me perseguindo muito. Nó na
garganta. No fundo ainda espero um sinal seu. Você ter ido embora é o que menos
dói. Eu só queria ter escutado um adeus. Essa incerteza em que você me deixou
mergulhada quase me afogou. Estou aprendendo a nadar. Depois de muito navegar
em minhas dúvidas, parei de remar. Te vi na outra margem e você parecia feliz. Estou
sozinha. Alguém me tire desse barco, por favor? Ele está furado há tempos, e já
posso sentir a água em meus pés. A cada vez que tento navegar para o lado
oposto, a correnteza faz o favor e me levar até você. E nesse vai e vem não
saio do lugar.
Remar. Amar. Remar. Amar. Remar. Amar. Re-amar. Grande Caio,
por favor, não me iluda! Não se pode re-amar quando nunca se amou. Não se pode
remar quando não se tem remos. Não se pode amar quando não há amor.
Estou afogando. Aos poucos sinto a água me subindo
o corpo. Ela vem ligeira, como quem tem pressa para matar. Meu coração
encharcado já não bate mais. Morri. Morri de amor. Morri por não saber nadar.
Morri por não saber amar.
Gostei muito do teu texto, que apesar de ser sofrido também é muito bonito fiquei encantada com a sinceridade e beleza desta frase "Não se pode re-amar quando nunca se amou. Não se pode remar quando não se tem remos. Não se pode amar quando não há amor."
ResponderExcluirBelíssimo.
Beijo grande
eraoutravezamor.blogspot.com
"... e nesse vai e vem, não saio do lugar."
ResponderExcluirmto massa rs (:
http://voceanonimo.blogspot.com