Pela fresta da janela espio o mundo, com medo. E nisso me escondo mais, me tranco por trás de fechaduras sem chaves, escondo-me de mim mesma. O relógio da sala não para com seu tic-tac um segundo. Um minuto a mais é sempre um minuto a menos. O coração da casa pulsa forte. O piso range a cada passo. O teto ameaça desmoronar a qualquer momento. Engulo a morte com paciência. Poeira por todo canto. Coisa de louco. Coisa minha.
Engraçado o quanto a gente sempre acha que tá vivendo quando, na verdade, tá morrendo...
ResponderExcluir"Um minuto a mais é sempre um minuto a menos."
Love, Nina.
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