sábado, 26 de janeiro de 2013

O dia em que a morte acenou para mim

  
 Aproveite sua morte enquanto há tempo. Você não leu errado. E eu também não troquei a palavra vida por morte.
Pode parecer idiota, mas aprendi isso enquanto descia um morro em uma bicicleta sem freio. Eu sabia que aquilo não ia terminar bem. Estava na cara. Na minha cara de medo, para ser mais especifica. Não é que eu tema a morte, apenas temo a maneira como ela acontecerá.
Entre rezas e lembranças de pessoas que eu tanto amava, percebi que aquela sensação era muito boa, até mesmo diria mágica para ser mais exata. Aquele vento em meu rosto enquanto uma enorme dose de adrenalina percorria cada parte do meu corpo fazia com que a paisagem que passava rápido parecesse cena de um filme. A trilha sonora? Meu gritos.
E foi exatamente nesse ponto da história que percebi que é possível aproveitar a morte.
O morro acabou, a bicicleta capotou, e bem, capotei junto.
Outra lição aprendida (fora sempre verificar se o freio está funcionando antes de subir nela): nem sempre as coisas terminam da pior maneira possível.
''E de que valeu pensar tanto em algo que nem ao menos aconteceu?'' Essa crônica, oras. Sem contar com alguns arranhões e uma boa história para contar quando eu estiver bem velhinha, mas claro, antes acrescentarei uma tempestade e uma onça. Quem sabe até não coloco um fantasma ali no meio? 

4 comentários:

  1. fiquei apaixonada *--*
    voce escreve muito bem flor!! parabéns!
    www-coisadegarota.blogspot.com.br/

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  2. amei esse outro modo de pensar sobre a morte ^^

    http://vivendocomsurpresas.blogspot.com.br/

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  3. Tudo sempre tem mais de um lado, sabe? E tentar ver pelo melhor deles é sempre a melhor coisa a se fazer! :))

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